Série: Neurociências e Psicologia - Você sabia que a "Dor" da rejeição ativa as mesmas áre
Diante de uma rejeição, uma relação rompida, uma traição, uma mentira ou a perda de um ente querido, sentimos dor emocional. Uma dor dilacerante que é descrita há séculos e séculos em poemas e canções cheias de sofrimento. A Dra. Naomi Eisenberger da UCLA (Universidade da Califórnia em Los Angeles) descobriu que os circuitos neurais para a dor física e emocional se sobrepõem. Seu laboratório demonstrou essa sobreposição de uma variedade de metodologias convergentes através do comportamento, genética e neuroimagem.
Uma experiência de dor física tem dois componentes, o primeiro é um componente sensorial – por exemplo, “ter dor latejante na perna direita inferior que dura alguns minutos”, portanto, inclui localização, intensidade e duração. O outro componente é afetivo – o lado emocional da dor; estar com dor não parece bom e evoca emoções que refletem esse estado interior, como tristeza, raiva ou medo. Não é surpresa que uma pessoa que sofre de dor crônica também pode desenvolver depressão e/ou ansiedade. Estas condições secundárias podem intensificar e prolongar a dor física, mas a depressão também pode induzir sua própria dor. Em outras palavras, a depressão afeta, mesmo na ausência de qualquer dor física precedente, e tem sido associada a sintomas somáticos como dor corporal geral.
Uma maneira de demonstrar que o corpo e a mente sentem dor da mesma maneira é procurar ativação compartilhada no cérebro. O segundo componente é de particular interesse, o aspecto emocional da dor física. Muitos estudos fMRI (imagem por ressonância magnética funcional, do inglês: Functional Magnetic Ressonance Imaging) demonstraram que os sentimentos desagradáveis e dolorosos da dor física são processados no Córtex Cingulado Anterior Dorsal e na Ínsula Anterior.
A questão importante aqui é: a dor emocional ou psicológica ativa essas mesmas áreas o Córtex Cingulado Anterior Dorsal e na Ínsula Anterior? Isso é exatamente o que o laboratório de Eisenberger encontrou ao longo de uma série de estudos. Para induzir a dor emocional nos participantes enquanto permaneciam ainda no varredor do fMRI, os investigadores tinham que jogar um jogo de computador do “Cyberball”, jogando uma esfera virtual a outros jogadores. O participante foi por vezes incluído no jogo Cyberball e outras vezes excluído – semelhante a ser rejeitado de um grupo social. E, de fato, ser excluído do jogo foi associado com maior ativação no Córtex Cingulado Anterior Dorsal e na Ínsula Anterior, as mesmas áreas envolvidas na dor física. Resultados semelhantes foram mostrados em outros estudos realizados em diferentes laboratórios. Como os pesquisadores sabiam que os participantes se sentiram rejeitados quando não conseguiram a bola virtual ? Perguntando-lhes; E quanto mais forte um participante sentia dor emocional (por exemplo, “eu me sentia sem sentido”), maior a atividade nas áreas do cérebro associadas com o componente afetivo da dor física. Esta correlação positiva entre maior atividade no Córtex Cingulado Anterior Dorsal e/ou na Ínsula Anterior e maior distensão emocional auto-referida em resposta à exclusão social também foi encontrada em estudos subsequentes.
O sentimento de rejeição é provavelmente a ferida psicológica mais comum e recorrente nas nossas vidas, afirma o livro “Emotional First Aid” (Primeiros Socorros Emocionais), recentemente lançado nos Estados Unidos. Essas intuições poéticas foram apoiadas por estudos neurofisiológicos que descobriram que a metáfora da dor psicológica, gerada por algum tipo de perda social ou emocional, é refletida em nossos circuitos cerebrais.
Não há quem não tenha sido preterido em alguma brincadeira infantil, esquecido na hora de uma festa, perdido o emprego ou sofrido desilusão amorosa, enumera o doutor em psicologia e especialista em terapia de casais Guy Winch, autor da obra. “As rejeições são os cortes e arranhões psicológicos que machucam a pele emocional e penetram na carne”, diz ele.
Mesmo com a frequência das ocorrências, o rejeitado pode não conseguir formar uma carapaça – muitos sofrem tanto, que a dor lhes inunda de raiva e solapa a autoestima. Não é para menos, explica a terapeuta de casais Marina Vasconcellos. “O ser humano tem necessidade de ser aprovado, de ser aceito. Pertencer a uma sociedade, a uma família, é uma necessidade básica. E a rejeição tira esse direito. Fica um vazio.”
A sensação é profunda, diz ela: “Dói no peito, parece que estão enfiando uma faca”. Não se trata de figura de linguagem. Em seu livro, Winch cita estudos que, por meio de ressonância magnética, mostram que a dor da exclusão social ativa no cérebro as mesmas áreas acionadas pela dor física.
O mesmo acontece em relação ao sofrimento amoroso, demonstrou trabalho mais recente, não citado no livro. Em pesquisa feita nos EUA, 40 pessoas que tinham recentemente levado um chute do parceiro foram submetidas a duas experiências: em uma, viram fotos de seus “ex”; na outra, receberam estímulos térmicos semelhantes ao de café quente derramado na mão. Nos dois casos, o cérebro deu respostas similares. As reações das pessoas, porém, são diferentes.
COMO SUPERAR AS DORES DA VIDA...TODOS REAGEM DA MESMA FORAM ?
Absolutamente. A quantidade de apoio emocional disponível durante um evento socialmente doloroso reduz a atividade nessas áreas relacionadas à dor cerebral. Outro estudo mostrou um aumento da angústia emocional em pessoas que anseiam aceitação e que procuram sugestões que sinalizam qualquer possibilidade de rejeição (também conhecido como o estilo de apego ansioso).
Há também diferenças individuais que decorrem de variações genéticas no processamento da dor física. Por exemplo, foi demonstrado que um polimorfismo num gene de receptor opioide está associado com sensibilidade à dor física. Indivíduos que carregam o raro alelo G têm uma maior sensibilidade à dor física e requerem mais medicação para para lidar com a dor,
Mas há também os que simplesmente superam,.. Vão em frente, mas também há os que caem na autocomiseração e na depressão. Sem falar nos casos em que a rejeição se transforma em raiva. “É uma reação que pode vir da própria depressão. Você está indo para o fosso, então violentamente tenta sair do fosso”, afirmam os psicólogos,
Em 551 casos de homens que mataram suas mulheres nos Estados Unidos, quase a metade dos crimes ocorreu em resposta a uma separação, constataram cientistas citados no livro de Winch. “Há pessoas que acham que o mundo é uma grande teta e que todos têm de fazer o que elas querem”, diz. “O mundo contemporâneo propaga que é possível você ter tudo; se você não tiver, não alcançar, a frustração é maior”, afirma Castilho. Talvez por isso, diz Vasconcellos, as relações sejam mais instáveis. “As coisas estão mais passageiras. Em relações amorosas, as pessoas não investem o quanto deveriam investir. Se está difícil, já passam para outra.”
Mas fica a dor. Que pode ser superada. “É preciso encarar a rejeição como um aspecto da vida. E reconhecer que você pode trilhar outro caminho para abrandar a dor”, orienta Joel Rennó Jr., psiquiatra do Programa de Saúde da Mulher da USP.
Não que isso seja simples. Em muitos casos, é preciso buscar ajuda de um especialista. Mas o rejeitado também pode se ajudar.
COMO A PESSOA QUE SOFRE REJEIÇÃO, PODE SE AJUDAR ?
“Ouça o que as pessoas falam de você, e não apenas o que você pensa”, e não tenha vergonha de falar sobre o assunto, propõem os psicólogos: “As pessoas não devem ficar trancadas”.
MEU CONSELHO: COMO SUPERAR AS DORES EMOCIONAIS GRAVADAS NO CÉREBRO E CORAÇÃO ?
“Com o simples ato de escutar profundamente aliviamos a dor e o sofrimento.” (Autor desconhecido)
A importância da escuta ativa da Psicoterapia...
A habilidade para escutar de forma ativa é a base para gerar um espaço de entendimento. Escutar não é
o mesmo que ouvir; ao escutar, percebemos com todo o corpo, com os ouvidos, os olhos, os gestos, etc. Todo o corpo se envolve na escuta, para que a pessoa que está falando possa sentir que está sendo realmente compreendida. Sentir que estamos conectados com os demais também pode nos proporcionar este apoio emocional que cai tão bem quando nos sentimos inundados pelas emoções. Precisamos que “nossas pessoas”, sintam que temos alguém interessado em conhecer nossas penas e alegrias porque se importam, alguém que entende que somos seres complexos, com um pensamento complexo, e assuma o custo de tentar nos compreender.
A empatia deve ser a principal qualidade de um Terapeuta ...
A empatia é a capacidade que temos de nos colocarmos no lugar dos demais e compreender seus sentimentos a partir das suas circunstâncias. Desta maneira, conseguimos entender o que acontece, como se sentem, o que pensam, e por que as pessoas se comportam de uma determinada forma. É a principal qualidade que deve ser observada em um Terapeuta de cura verbal,
Porém também é uma "Habilidade Consciencial" importante que DEVE ser desenvolvida por pessoas comuns, que podem se empenhar em pegar as mãos dos demais e fazer um esforço para segui-los através de portas estreitas e cantinhos escuros, que muitas vezes causam tédio ou medo.
Eu, Glaucia Mosconi que atendo em Psicanálise e Psicoterapia há 28 anos proponho sempre nos casos das "Dores pela Rejeição", que a pessoa olhe para si e aprenda a se dar as mãos e se amar, através de diversos exercícios e contextos durante o tratamento.
Pois o que ela não teve dos pais e outros relacionamentos, por estar "doente" emocionalmente, precisará dar a si mesma, acolhendo-se, amando-se e construindo um padrão de relacionamento mais saudável consigo mesma, em primeiro lugar, para depois poder compartilhar com outros.
Como fazer isso ? Em diversas etapas...a primeira é a psicoterapia ou aconselhamento terapêutico...pois é ilusão achar que pode mudar anos de rejeição e baixa autoestima, com técnicas milagrosas do dia para noite. É necessário trabalho firme e constante para construir um novo caminho.
É necessário uma "reprogramação" e "resignificação" das crenças mentais e do padrão emocional negativo que criou dentro de si...Ver de quem a pessoa que sofreu rejeição se tornou...senão sua Mente lhe pregará peças, já que está desequilíbria por ter passado pela rejeição a vida toda.
AS CONSEQUÊNCIAS NAS RELAÇÕES AFETIVAS E PROFISSIONAIS
E o pior é que as pessoas que tem esta Dor, costumam afastar as pessoas e os relacionamentos, mesmo antes deles acontecerem por "Medo" de serem rejeitadas e preteridas novamente, fazendo com que muitas vezes, optem por parceiros, ambientes e escolhas que também as rejeite, pois o padrão permanecerá em seu inconsciente até ser "desprogramado" e "resignificado"...afetando toda sua vida. Como aprendemos na Psicanálise: O que vivo fora de mim, é o que está dentro de mim... E pela Psicossomática sabemos que este padrão mental e emocional também somatiza doenças no corpo físico.
AS TERAPIAS INTEGRATIVAS
Partindo das últimas descobertas da Neurociência, citadas acima, talvez possamos afirmar que já que Dor emocional traz o mesmo impacto no cérebro como dor física, trabalhar no sentido contrário, e trazer a dissolução da energia negativa condensada da dor emocional gravada nos corpos sutis, pode ajudar a curar e reprogramar o cérebro para o reequilíbrio e bem estar. Na verdade trabalho associando diversas terapêuticas para Cura da dor emocional que somatizam no corpo físico com ótimos resultados. Pois ela se comporta como um bloqueio em todos corpos: mental-emocional, energético, físico e dependendo da interpretação da pessoa até no corpo espiritual, como vemos por exemplo nos trabalhos de Apometria atualmente.
PROCUREM AJUDA...
A Psicoterapia Integrativa Transpessoal e a Psicanálise, por exemplo. são técnicas de Cura neste sentido, pois irão tratar não só os sintomas, mas as causas e o caminho para a saída...
Fontes: Folha de SP, artigos e experiência clínica
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