ANSIEDADE - Uma forma de ser ou um distúrbio ?
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Artigo publicado na Revista Samadhi, Nº 15 - Ano 02/2014 (versão reduzida) e no Jornal Saúde & Harmonia Junho/Julho 2013 Ano 7 - Nº 41 Edição Especial
Em uma entrevista, a Dra. Alexandrina Meleiro da Associação Brasileira de Psiquiatria, iniciou dizendo que "Ansiedade faz bem. Em pequenas doses, é o estímulo necessário para que o ser humano se prepare para situações estressantes e passe por elas com sucesso”.
Derivada de uma emoção básica, o medo, seu principal objetivo é o de garantir a sobrevivência da espécie. Porém quando deixa de ser uma resposta natural, aparecendo sem um motivo e com frequência, passa a ser um distúrbio. Os sintomas são conhecidos: sudorese, taquicardia, tremor, medo excessivo ou até paralisante. Em uma crise grave, a pessoa pode sentir náuseas e falta de ar. Pelo menos 3% dos adultos são afetados pela ansiedade durante um período de um ano, mas em alguns casos ela pode persistir por vários anos, segundo pesquisas e observações clínicas. Existem maneiras de se conviver com uma forma mais dinâmica ou com um ritmo mais acelerado da personalidade, que ainda não caracteriza uma doença. Porém quando passa da medida....temos que parar e analisar.... Porque estou em alerta ? Estou enfrentando a situação que me causou medo ou apreensão? Em que grau isto me incomoda ? Estou causando prejuízo para mim ou para as pessoas da minha convivência? Estou tendo reações físicas e emocionais que não estou acostumado ? Este transtorno apresenta-se em diferentes graus: leve (me atrapalha mas consigo enfrentar sozinha(o), moderado (preciso considerar ajuda externa, consigo me controlar parcialmente) e grave (preciso de ajuda de profissionais para entender o que está havendo, pois estou tendo prejuízo na minha vida). Sua frequência é comum entre homens e mulheres, mas pelo fato dos homens esconderem seus sentimentos e emoções por convenções culturais, transferem os sintomas para o nível físico apresentando: risco de enfarto, aumento da pressão arterial, angina, gastrite, dores de cabeça e na coluna (lombalgia), etc. Nas estatísticas clínicas, aparentemente parece que a mulher é mais afetada, por permitir expressar socialmente ou externamente os sintomas emocionais e físicos. Normalmente o estado de ansiedade funciona como uma mola propulsora para executarmos nossos planos, conquistas e desafios, mas deve ser diferenciado da euforia (alegria desmedida ou sem controle). Pode também expressar um estado passageiro comum após alguma situação de estresse. Mas esta sensação tende a normalizar-se quando resolvida. Porém se mesmo assim permaneço acelerado, irritado, com o coração batendo rápido, nada mais me satisfaz ou minha vitalidade e ânimo diminuem quando não realizo o que quero, pode ser um sinal de alerta para procurar ajuda !!! A permanência neste estado pode causar: Diminuição do desempenho do trabalho, onde exijo de mim mesmo a perfeição constante; déficit na cognição afetando a atenção, concentração, memória, raciocínio, a clareza no pensamento; falta de paciência e tolerância para a vida, dificuldade no relacionamento com as pessoas próximas ou do trabalho e muitas vezes distúrbios de sono. Existem medicamentos que também podem aumentar ou diminuir o grau de ansiedade como os antidepressivos, indicados para diminuir os sintomas da ansiedade, mas que no início podem causar aumento dos mesmos, causando as vezes, desistência do tratamento. Outras medicações podem causar sintomas físicos como vasodilatação e aumento da frequência cardíaca, como os remédio para impotência, assemelhando-se aos sintomas de ansiedade. Outros por sua vez, ajudam na diminuição dos sintomas e talvez seja importante informar seu médico que você sofre de ansiedade, ao procurá-lo por outros motivos. O sono também é de extrema importância para a regulação de nossa saúde, onde ocorre reequilíbrio hormonal, regulação do metabolismo, relaxamento mental e emocional. Se isto não ocorrer, pode desencadear uma situação de ansiedade à curto ou médio prazo. O ideal é dormir de 6 a 8 horas diárias, sentindo-se descansado ao final deste período. As drogas têm um papel fundamental como gatilho para determinados sintomas. Como é o caso do álcool, frequentemente usado para diminuir a ansiedade momentaneamente, mas que causa um efeito chamado "bumerangue ou rebote", quando seu efeito diminui, agravando ainda mais os sintomas ansiosos. Na verdade é uma desculpa quando a pessoa acha-se impossibilitada de lidar emocionalmente com situações inerentes à vida.
Tratamentos: A primeira indicação é sempre a de procurar uma psicoterapia, onde serão tratadas as causas da ansiedade e não só os sintomas físicos expressos. Mas dependendo da gravidade a intervenção de tratamento farmacológico através de um médico, poderá ser necessária. Existem várias indicações psicoterapêuticas: como as terapias cognitivas de exposição (trabalhando a diminuição gradativa da situação de gatilho ou estímulo que a deixa ansiosa, através do enfrentamento da situação) ou estímulos positivos que a deixem mais tranquila diante do medo ou situação vivencial que a paralisa. Já as terapias psicoemocionais, como a psicanálise, psicoterapia breve, analítica, integral e outras terão seu foco nas causas emocionais ou psicossomáticas, familiares, sociais ou existenciais que estão levando a pessoa a desencadear a ansiedade.
Atualmente existem também práticas terapêuticas integrativas, complementares à psicoterapia, que trabalham à nível físico, mental, energético (vibracional), emocional atingindo também à dimensão espiritual, utilizadas na diminuição dos sintomas e melhora da qualidade de vida das pessoas ansiosas como: atividade física (que dê prazer e se identifique), meditação, yoga, caminhadas conscientes (observando a natureza à sua volta), práticas bioenergéticas, a cromoterapia, terapia floral, reiki (que harmonizam nossos centros de força energético-emocionais - espirituais), a litoterapia (limpeza, harmonização e energização com cristais vibracionais) e várias outras Práticas Complementares e/ou Integrativas que auxiliam também na prevenção dos sintomas.
Todas atuam na reestruturação da consciência, qualidade de vida e reintegração da saúde geral, trazendo novos significados para a vida. Estes recursos serão benéficos, na medida em que a pessoa ansiosa conscientizar-se da mudança interna de crenças e padrões antigos que já não servem mais, sair do perfeccionismo, administrar o tempo e planejar-se (priorizar suas tarefas e preparar-se para executá-las), não esperar a opinião dos outros e seguir a sua, ter coragem para rever sua forma vida reconhecendo seus erros e valorizando os acertos, e principalmente observar profundamente quem você é realmente, o que seu coração quer de verdade e o que traz alegria para sua vida...sempre !
Em qualquer agravamento dos sintoma procure um profissional qualificado. SEJA FELIZ !! Namastê !! Glaucia Mosconi
Psicóloga Clínica, Psicoterapeuta Integrativa e Terapeuta Vibracional
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